quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Eterno retorno (à mantiqueira)

O ar sincero dessas cidades,
muito cheiro de mato,

cheiro de café com terra.
Nada dos sais e gases
inebriantes,
menos gosto do amargo.

Cheiro de frio.
Feito aquela coberta que tinha pra dormir, quando criança.

Talvez mais cheiro de gente do que se imagina.
Cheiro de gente com terra, gente que cheira a chuva
(aquele cheiro de chuva que a gente conhece).
Cheiro que não me esqueço,
do lampião queimando junto do cigarro de palha.
O que o indefinível deve cheirar.

Um comentário:

  1. Muito bacana kra, vou te adicionar aqui. Não sou vintage retrô hipster como tu disse (rs), mas tb uso blogspot

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