Escrevo como quem comeu demais
-vomito-
e de pesado, cheio, enojado de mim,
abro a janela e torno-me vento,
correndo trazer más notícias da vida,
das favelas que murmuram o dia todo,
do asfalto que ronca, ferve, racha e divide.
Duas pernas de pau bamboleam no chão
e um sol dourado no céu
me impede de pensar direito,
mas de abrir portas é que a vida é feita.
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